Para evitar um rombo ainda maior na Previdência, a presidente Dilma Rousseff deve apresentar umaproposta para substituir a chamada “fórmula 85/95”, que muda o fator previdenciário e que foi aprovada Congresso Nacional. Essa fórmula – que precisa ser aprovada ou vetada pela presidente até quarta-feira (17) – beneficia o contribuinte que começa a trabalhar mais cedo, mas ajuda a aumentar o déficit nas contas do governo.
Pela nova fórmula, para ter direito à aposentadoria integral, a soma do tempo de contribuição e da idade deve ser maior ou igual a 95 para os homens e a 85 para as mulheres. Assim, um homem de 60 anos que contribuiu por 35 poderia pedir a aposentadoria integral sem cair no cálculo do fator previdenciário e receber o teto, que hoje é de R$ 4.663,75.
O analista de finanças públicas da Tendências Consultoria, Fábio Klein, prevê que a nova regra, caso entre em vigor, vai gerar um impacto de R$ 53,4 bilhões por ano no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em média – o equivalente a 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB). O rombo da Previdência, hoje, é de 1% do PIB.
“Até 2046, o gasto da Previdência aumentaria em R$ 1,6 trilhão”, calcula Klein. Em oito anos, as despesas do governo mais que dobrariam com a nova fórmula, também projeta o economista. “Em 2023, o gasto adicional seria de R$ 427,5 bilhões – sendo que em 2014 a Previdência gastou R$ 394,2 bilhões.
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